segunda-feira, 6 de setembro de 2010

A espera de um milagre...



Por Marília Salles

Sento no banco azul e espero
No assento tenho tempo de ouvir um cento de histórias
Cada cento se prolonga no sinal vermelho que não finda
Encavalados os sinais prolongam as horas
São louvados os louvores a Deus
Pedindo a troca do vermelho para o verde
Até eu que não creio louvo a troca
Na troca não há tempo do alívio  
Há tempo de louvar novamente a troca
Permaneço tempo dobrado pontuando
Pontuo a hora que passou e não poderia ter passado
E aquilo que deveria ser um sinal
No espasmo da troca vira milagre.


2 comentários:

Karl Cold disse...

Vi a espera incessante nos faróis da vida que enchem o saco. Poético e simples para falar da chatice que acompanha nossas vidas dia e noite. Para mim não só reflete os faróis das ruas mas tb os faróis da vida. Sempre tem alguém esperando por alguma coisa no banquinho azul e chegando ao ponto de louvar a Deus por um milagre.

Abs

Regis disse...

ótima reflexão! d uma 'questã' q envolve a cidade grande (qualquer uma) como a minha, a sua, a dele, a dela, a nossa... Eu quero uma casa no campo!!!!!!!! bjo

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